quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Eu odeio poesia.


Minha mente manda lembranças da terra em que escolheu viver.
 Terra essa de ninguém, mas habitada por quatro que ali vivem sem saber o que fazer.
As manhãs não existem, as tardes são difíceis e das noites, não tem o que se dizer.
 De lá não podem sair e ninguém pode adentrar,
 Mas fica quem quiser e quem a terra deixar.
O tempo, a ninguém importa,
 Mas mesmo assim teima em passar.
 O ontem já não faz falta,
 O hoje não se vê acabar...
 Comida, nem se for torta!
 Tudo o que se faz é pensar.
Por isso, às vezes o azar bate à porta,
 Mas se na rua aparece uma escada encostada na parede, um pequeno túnel a formar,
Por debaixo dela todos passam, obrigando o destino a mudar.
O sentido disso, pra mim não importa mais.
Escrevo em linhas tortas e com rimas pobres,
Coisa que até uma criança faz.
Sem paz e sem lembranças, os quatro continuam lá a morar.
Com pressa pra tudo, sem calma não se faz nada.
E tudo o que fazem é pensar.

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